Os trobadores portugueses, adoptaram este instrumento, que rapidamente fez parte dos divertimentos da corte portuguesa instalada em Coimbra.
Os artesãos violeiros continuaram, com muita aplicação e carinho a aperfeiçoar este instrumento, a tal ponto que mesmo a história lhes deu razão, quando no século XVII, a guitarra alcançou um grande sucesso junto da corte inglesa, chegando a destronar o cistre ingles nos própios « barber's shop ».
A guitarra, ultrapassou as fronteiras portuguesas, quando a princesa Catarina de Bragança, filha do rei D. Joao IV, casou com Carlos II da Inglaterra. A atração foi tão grande, que os artesãos ingleses fabricaram e exportaram-na em grande quantidade. Todavia, foram os portugueses que continuaram a aperfeiçoar este instrumento até ao século XVIII, e que o dotaram desta forma perfeita e definitiva.
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Violão, Viola e Guitarra
Em Portugal, chama-se violão ou viola francesa, ao instrumento
que os franceses conhecem pelo nome
« guitare ou guitare espagnole ».
Mesmo se os termos « violão »e « viola francesa » signifiquem grande guitarra e viola de amor, chamanos guitarra ao instrumento de doze cordas, pouco conhecido em França.
Efectivamente, este instrumento que tem a forma de um coração
(para citar um poema de Hilário), grande trobador do século
passado, o braço curto e estreito, a maravilhosa cabeça escultada,
surportando a parte mecânica deste instrumento, não cessa de
causar admiração de todos aqueles que a des cobrem. Este instrumento,
tão divulgado e tão querido no coração dos «
Lusitanos », evoca tela sua estrutura o « cistre, junto dos espíritos
não iniciados ».
O grande musicógrafo francês, Jean Witold, dizia que este instrumento
de cordas recebeu várias mutações, e foi introduzido
na Europa pela altura das grandes invasões mourescas.